A Europa está cada vez mais afundada na crise, que tem como protagonistas os tão comentados Piigs (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha), grandes alavancas desta tragédia. O fato é, entraram em crise por que gastaram em demasia, digamos que eles exerceram um keynesianismo exagerado. A Grécia, centro da crise, por exemplo, possui um dos Estados mais participativos na economia entre os países europeus. O governo é detentor de cassinos, hotéis, petroleiras e seguradoras. Até antes do estouro da crise o governo grego possuía US$ 12 bi em ações na bolsa de Atenas, um exagero quando se trata da participação do Estado na economia.
Com a decisão em 1998 da utilização do Euro como moeda única para alguns países membros da Comunidade Econômica Européia (CEE), algumas exigências foram estabelecidas para que um país pudesse utilizar a nova moeda como moeda oficial. Tais regras previam entre outras exigências, a estabilidade da inflação e da taxa de juros de longo prazo, que não deviam ultrapassar em mais de 1,5% e 2% a.a, respectivamente, com relação a média dos três países com melhores resultados olhando sempre para a estabilidade de preços entre os países-membros. Vale lembrar que com a onda de aperto econômico imposta pelo governo grego, a inflação disparou em maio deste ano para 5,4% a.a. na Grécia, em 2008 a inflação havia fechado em 2,6%. Outra importante imposição foi à política de controle no déficit orçamentário, exigia-se que um país-membro não excedesse mais que 3% de seu PIB com déficit público, a Grécia chegou a incríveis 12,7%, gastando 51,3% do PIB e mantendo suas receitas em 38,7%. Exigia-se também que não tornasse a divida pública maior que 60% com relação ao PIB, a Grécia não só mais do que dobrou essa marca, chegando a 125%, como teve o rebaixamento de sua divida em quatro níveis pela Moddy´s, uma das principais agencias de classificação de risco. Podemos associar a crise a uma série de fatores, mas o principal deles é justamente este, o governo gastou demais, cobrou muitos impostos e deu muitos benefícios à população, o que desestimulou a atividade empreendedora e tornou o povo acomodado, ou seja o povo fica bem sem trabalhar, pois sabe que o beneficio estará lá.
O plano de ajuda à Grécia que prevê nos próximos três anos a quantia de 110 bi de euros, incluindo a participação de países da zona do euro e do FMI, esta ajuda deve sanar em partes a dívida grega e evitar um calote, mas as coisas na Grécia precisam mudar, enquanto não houver corte de gastos, aumento na taxa de juros, redução nos benefícios a população, incentivando-a ao trabalho, redução nos salários de funcionários públicos, um forte programa de privatizações, será apenas uma questão de tempo para que uma nova crise de crédito, como a que ocorreu em 2009 volte a assolar o planeta.
Por: Economia sem Mito
Muito bom o seu blog..
ResponderExcluirpost mais,estou ancioso para os proximos posts!
Desculpe-nos a ausência neste último mês de Agosto, mas estávamos aproveitando nossas férias de meio de ano. Estamos de volta e em breve postaremos outro texto no blog.
ResponderExcluirObrigado por nos acompanhar.